terça-feira, 26 de março de 2013

[RESENHA] A Culpa é das Estrelas


Título: A culpa é das estrelas
Autor: Jhon Green
Editora: Intrínseca
Ano: 2012
Páginas: 288
ISBN: 978-85-8057-226-1
Gênero: Ficção Americana
Avaliação: 5/5












Comovente, impactante e belo
“Não dá para escolher se você vai ou não vai se ferir neste mundo, meu velho, mas é possível escolher quem vai feri-lo.” (p.283)


Hazel Grace é uma garota de dezesseis anos, bela, inteligente e uma leitora voraz com uma simplicidade incrível e sincera que nos cativa desde o primeiro capitulo, arrancando-nos grandes sorrisos no decorrer da leitura inicial. Sua vida não é nada fácil desde que foi diagnosticada com câncer em fase terminal em sua tireóide e com metástase em seus pulmões o que a torna dependente de um pequeno tanque de oxigênio que está acoplado em um carrinho de mão que a acompanha em todos os lugares e de um remédio que estabiliza seu câncer o Falanxifor. Desde que foi diagnosticada ela tem sua vida privada vivendo apenas com os pais e raramente sai com sua amiga do colegial. O que faz sua mãe insistir toda semana para que ela vá ao grupo de apoio onde varias pessoas que são diagnosticadas com câncer freqüentam e que literalmente não é um dos lugares que ela gosta de ir. 

O grupo situa-se no porão de uma igreja e é numa destas reuniões que ela encontra alguém que chama sua atenção Augustus Waters um garoto de dezessete anos.
“Na boa, vou logo dizendo: ele era um gato. Se um cara que não é gato encara você sem parar, isso é na melhor das hipóteses, esquisito, e na pior, algum tipo de assédio. Mas se é um cara gato... na boa...” (p.16)

Ele tem praticamente a mesma idade dela e naquele dia foi acompanhando seu amigo Isaac que foi diagnosticado com câncer nos olhos e em breve iria passar por uma cirurgia de remoção do tumor. A todo momento um fica observando o outro até que o Patrick que é o coordenador dos encontros faz uma pergunta para Augustus?

“- Augustus, talvez você queira falar de seus medos para o grupo?
- Meus medos?
- É.
- Eu tenho medo de ser esquecido.” (p.16)
O que traz a Hazel uma pequena fala sobre o assunto naquele grupo.

“-Vai chegar um dia [...] em que todos vamos estar mortos. Todos nós. Vai chegar um dia em que não vai sobrar nenhum ser humano sequer para lembrar que alguém já existiu ou que nossa espécie fez qualquer coisa nesse mundo. Não vai sobrar ninguém para se lembrar de Aristóteles ou de Cleópatra, quanto mais de você. Tudo o que fizemos, construímos, escrevemos, pensamos, e descobrimos vai ser esquecido e tudo isso aqui [...] vai ter sido inútil. Pode ser que esse dia chegue logo e pode ser que demore milhões de anos, mas mesmo, que o mundo sobreviva a uma explosão do Sol, não vamos viver para sempre.” (p.19)

Desde aquele dia os dois acabam se aproximando cada vez mais, tornam-se grandes amigos que compartilham seus livros favoritos, jogam videogame, falam sobre suas vidas como foram diagnosticados, sobre seus sonhos... Mas algo desperta nos dois, algo que Hazel não queria que acontecesse a ela nesta fase em que se encontra, pois, seu câncer está em fase terminal e já o Augustus tem o seu estabilizado há um ano e meio desde a amputação de sua perna devido o osteossarcoma.
“Ele estendeu o braço, tocou minha bochecha e, por um instante, pensei que iria me beijar. Meu corpo todo ficou tenso, e acho que ele percebeu, porque afastou a mão.” (p.87)
E é a partir das escolhas dos dois e das surpresas de cada página é que percebemos brotando em nós algo diferente durante a leitura, levando-nos a arrancar lá de dentro alguns sentimentos com os eventos que sucedem a cada capitulo. 

Definitivamente A CULPA É DAS ESTRELAS é um livro que abala com nossas emoções do inicio ao fim de cada página. Um livro que nos mostra que a vida pode ser vivida mesmo nas horas mais críticas.



Um comentário:

  1. Comentario com Spoillers

    O livro é muito, muito bom. Voce sabe que sao protagonistas adolescentes, mas é algo novo. Cancer. Como eles lidam com isso.

    Um dos poersonagens mais interessantes é o escritor favorito da Hazel. Ele é daquele jeito por um motivo, ele nao terminou e nao explicou mais o livro por um motivo e isso é instigante. Os dois jovens tentam viver cada momento e o Senhor idoso nao vive mais. Ele nao tem culpa.

    Ah e o romantismo de Augustues é tangente. chega a ser arrebatador a ultima carta que ele deixou pra ela. Incrivel.

    ResponderExcluir

Critique, elogie, de sujestões...
Sua opinião é muito importante!